terça-feira, 4 de janeiro de 2011

3 Steps

Enquanto meus pensamentos fazem caminhar os olhos
Nos encontramos onde
no entre não há
palavras.
O valor que tem
esse silêncio ainda me faz tremer.
Mas confio.

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Votos de confiança proliferam-se
querendo brotar
sobre a epiderme.
Os presentes são invisíveis
constantes
evolutivos.
Querer mais do que eu já tenho
ah, sim,
Mas isso só no futuro.

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Não posso controlar minha velocidade
triste incógnita.
Não posso escolher os dias. Nem a metereologia.
Não posso determinar constância
tampouco o universo o pode.
Queria poder morar em mim
quando
na verdade
moro no chão.
E ao achar fácil a possibilidade de vôo
aos poucos evaporo----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------






quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Nossos Sapatos (por algum ponto de vista)

Meus sapatos não foram feitos pra pisar
Nem nesse chão, nem em qualquer piso
Eu só o faço pois preciso
Estar com os pés sobre essa terra
de andarilhos.

Em cada esquina um bar novo
Que antes fosse pra nos renovar
Na quadra de casa lojas abrindo
Os prédios subindo, e eu indo
também para o alto.

Meus sapatos não tem salto
Porque com salto a gente pula menos
e acha mesmo que já tá bom.
As plataformas só estas
as da estação dos meus sonhos.

Da montanha se olha pra baixo
pra entender melhor o chão,
E de baixo se olha pra cima
pra entender melhor o céu.

Por que diacho não tentamos entender
que tudo já nos está pronto
Exceto nós mesmos?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Vento de Hoje

O vento passou essa noite levando embora a minha vontade de dormir...
Como pode um simples vento mudar tudo assim??
Será que meus sentidos estarão aflorados demais, ou seria talvez um exagero acreditar que uma sutil mudança nas circunstância possa agir sobre o meu organismo de forma tão agressiva?

Mais uma vez eu respiro e lembro da Rachel do Friends, quando ela lia aquele livro sobre o vento de dentro das mulheres, o qual os homens sempre roubavam....
"Men steal our wind... don't you ever let them do that! Take your wind back!" hahaha
E essas coisas até que fazem algum sentido nessas horas....
nas horas dos Delirios Incomuns de Uma Mente Sã.

Uma breve pausa aqui no blog pra recuperar o meu fôlego tão bem cuidado e alimentado todos os dias.

Pois bem.
Preciso de muito mais do que alguém me dizendo como as coisas devem ser.
Se existe alguém na minha vida pra decidir as coisas que faço esse alguém sou eu.
Esse eu sai, cresce, ama, ama de verdade, mas precisa mais de mim mesma do que de qualquer outra pessoa.
As pessoas ao redor podem ser maravilhosas, mas o que as define de tal forma mora também no espaço entre elas mesmas.
O que te define, além do que você já tem, é o espaço ao seu redor, é o espaço que você cria.
A defesa de território é importante........ além de outras coisas.

Fico por aqui hoje. Pontuando o final do texto.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pós Festival de Jazz

Cabeça fresca. A xepa das mini-férias ainda sendo aproveitada, enquanto o melhor, entre todos os outros trabalhos aqui, é prolongar as melodias que ainda circulam pelo ouvido.
Minha santa paciência as vezes é dominada pela minha vã euforia, safada ela, só me serve de exaustão. Mas ela vai embora, libertina, atazanar outros espíritos, que quando a conseguem expulsar acaba voltando pros seus anteriores.
Os grandes sábios orientais nos salvam a cada dia, quando terapeuticamente nos fazem lembrar da paz, personagem mito nos tempos de hoje. Pobre rica paz, muito maior e ao mesmo tempo invisível, híbrida, raro objeto de cobiça em extinção. Atingir a paz aqui não é essencial a todos, mas sim uma opção alternativa, um segredinho, ou até mesmo talvez um mero luxo burguês...
Mas eu espero profundamente não me importar com as convenções, e as vezes poder chegar a considerar positivo esse tão comentado stress cotidiano, afim de realizar melhor o meu trabalho.
Deixa vir a calma, deixa vir a loucura, mas sempre de forma pacífica.
Vivamos plenamente o vendaval....

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Desapego

O desapego se deve a matéria, e se deve a nós mesmos diante da nossa personalidade. Desapego aos defeitos e as virtudes.
Quanto aos que nos amam, estes sim merecem nossa atenção, são os que nos dão força, os que nos carregam para além do que somos. O crescimento funciona em forma de teia, as transformações verdadeiras se dão pelo amor, seja lá de quem pra quem, seja simplesmente algo a que nos permitimos nos rodear.
Obrigada Rilke.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A Concha

Seu toque
Seu retoque
Seus detalhes sensíveis me abraçam devagar.

É bom sentir com calma,
pelas linhas a serem degustadas
pelos traços que aos poucos podem ser vistos.

Meu coração bate no mesmo ritmo
Que minha respiração
Que o pulsar das minhas veias.

Enquanto conquista a minha pele
Eu adormeço como quando criança
E o mundo fica distante.

De longe,
Posso sentir o vento da praia trazendo seu carinho
Faz muito bem saber de ti.

Tranquila fecho os olhos
e encontro esse caminho que me protege
E foi você quem me trouxe até aqui.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tempo Permanentemente Imprevisível

Brincar de ilusão é muito bom.
Parece um jogo entre nuvens,
mas quando se chega perto demais não se vê, não se toca, não se sente.

Brincar de realizar passa longe (ou bem mais perto).
-Quando se vive num mundo de ilusões, pra que serve o palpável
se a realidade está tão próxima de mim como forma de sonho?-

Nas palavras de um sonhador existem estrelas que nunca serão vistas por um cético.
E entre um mundo e outro se vai pulando e pulando sobre degraus destroçados
pela necessidade de distinção.

Todos os níveis de raciocínio as vezes tornam-se uma coisa só,
uma planície
uma pastagem
uma repercussão que de ecos não mais volta a subir e descer
um tempo tranquilo sem agito de mar forte, sem vontade ou força pra agitar o mar.
É muito bom, depois da chuva, ver que o mar que está tranquilo.

No meu sono, a noitinha,
sonho com outra vida quando dou conta desta numa boa.
Mas vejo, posso ver, ao abrir os olhos
como os assuntos aqui me puxam muito mais
E como é tão melhor acordar do que ir dormir!

Meu tempo bom é meu.